quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Nossos trabalhos


Espetáculos:

Realizamos três espetáculos nesses quatro anos, acreditando que a qualidade do trabalho se dá por via da pesquisa que o embasa e não de uma produção frenética de “produtos culturais” destinadas ao consumo do tipo “Peça o número 2” ( ou o famoso fast food).

Mavutsinim e o Canto do Uirapuru, de 2004. Espetáculo Infantil no qual um caboclo urbano, descendente de índios, conta cinco histórias que lhe foram transmitidas oralmente por seus antepassados, utilizando-se, para isso, de elementos cênicos feitos com materiais que os catadores de lixo pegam nas ruas.

Navalha na Carne, de 2005/2006. Encenação sobre a obra de Plínio Marcos. Três personagens, um cafetão, uma prostituta, e o faxineiro da pensão onde vivem, presos em seu barraco/gaiola/moradia, vivenciando um cotidiano onde o mais forte devora o mais fraco.
Navalha na Carne reestreiará em janeiro de 2008, na cidade de Salvador.

Desconcerto, Estreiando no dia 18 de outubro de 2007, no Teatro Gregório e Matos, em Salvador. É a encenação do Texto inédito da dramaturga argentina Diana Raznovich. A pianista Irene della Porta interrompe o concerto onde executaria a Sonata Patética de Ludwig Van Beethoven, e passa a discutir com o público o pacto feito com seu empresário para a execução de um show silencioso que substitua a censura que recai sobre seu instrumento. Estreada em 1981, no Ciclo de Teatro Aberto(http://www.teatrodelpueblo.org.ar/teatro_abierto/index.htm), esta obra tem sido considerada pelos críticos e estudiosos como uma das “mais belas e poéticas manifestações teatrais de nossa própria repressão”

O Teatro Abierto foi um movimento dos artistas teatrais de Buenos Aires que surgiu em 1981 sob o regime militar e desapareceu em 1985, um ano depois da retomada da democracia. Nasceu pelo impulso de um grupo de autores dispostos a reafirmar a existência da dramaturgia argentina exilada pela censura das salas oficiais e silenciada nas escolas de teatro do Estado.